Cristo de São João da Cruz
Salvador Dali
1951, 205x116cm
Kelvingrove Art Gallery and Museum, Glasgow
Kelvingrove Art Gallery and Museum:
The striking angle of the crucified Christ on the Cross, the eerie contrast of light and dark, and the magical and effortless surface effects all make an unforgettable impression on the viewer.
The strange title refers to Dali’s principal inspiration for the painting – a pen and ink drawing made by the Spanish Carmelite friar who was canonised as St John of The Cross (1542–1591). The drawing intrigued Dali when he saw it preserved in the Convent at Avila, as it was made after the Saint had a vision in which he saw the Crucifixion as from above, looking down.
Dali proceeded to paint the Crucifixion set above the rocky harbour of his home village of Port Lligat in Spain, with the enigmatic addition of boats and figures copied from pictures by Velazquez and Le Nain.
(in http://www.glasgowmuseums.com/venue/page.cfm?venueid=4&itemid=68)
Visitante α:
Derrota. Isto é o que sentiram os apóstolos quando viram o seu Messias pregado na Cruz. Tudo aquilo em que sempre acreditaram parecia ter terminado abruptamente naquele momento. Afinal, simplesmente não conseguiam compreender ainda o significado do que se passara. Talvez esta obra, que nos mostra de forma evidente a humildade e entrega de Cristo, tenha sido feita para que pudéssemos reflectir sobre o significado da Paixão na perspectiva dos Apóstolos que viveram o acontecimento, sem o compreender imediatamente.
Na parte inferior vemos os pescadores e isso faz-me pensar na proposta que Cristo fez a Pedro e André ” Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mateus 4:19 ) Talvez seja essa a nossa missão também: fazer tudo pela salvação dos homens.
Ao passo que o museu interpretou a obra a partir do contexto da sua realização, destacando as influências que o seu autor recebeu bem como alguns elementos plásticos, o visitante α fez a interpretação da obra a partir da sua própria experiência e dos conhecimentos que detinha antes de ser confrontado com o quadro.
Será que uma destas interpretações está mais correcta do que a outra?
Em que medida a interpretação do museu pode ser relevante para o visitante α ?
Que conclusões pode o museu tirar da interpretação do visitante α ?